A informação foi divulgada pela instituição de ensino nesta quarta-feira (19), após reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, sobre alunos que fingem ser cotistas para ingressar em universidades públicas.
Conforme a Uesb, a suspeita foi levantada após análise de documentos e de depoimentos. São investigados quatro estudantes do curso de Medicina e um do curso de Direito do campus de Vitória da Conquista, um do curso de Odontologia e outro do curso de Medicina do campus de Jequié.
A Uesb informou que recomendou o indiciamento dos alunos com a instauração de processo administrativo disciplinar.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado da última terça-feira (18). O processo foi encaminhado para apreciação da Procuradoria Jurídica.
Os estudantes envolvidos na suspeita de fraude podem ser punidos com a expulsão da universidade.
Até o julgamento dos casos, eles frequentam as atividades acadêmicas normalmente. Uma comissão será criada para julgar os casos dos alunos, que, conforme a Uesb terão direito a ampla defesa.
Outro três alunos que eram investigados tiveram os processos arquivados após a instituição confirmar que eles são mesmo moradores do quilombo.
Conforme a Uesb, os alunos que são alvo das investigações declararam no momento da matrícula serem moradores da comunidade quilombola Rocinha-Ituaguassu, localizada no município de Livramento de Nossa Senhora, onde vivem 200 famílias descendentes de escravos.
Segundo a Uesb, todos utilizaram declarações de moradia firmada pela Presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário Cultural Educacional e Social do Quilombo de Rocinha e Região, Maria Regina Bonfim.
No entanto, a instituição informou que sete deles não eram moradores da referida comunidade à época da apresentação de documentos para a matrícula, contrariando as disposições das normas que tratam sobre o sistema de cotas da unidade de ensino.
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