A determinação da prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) não foi apenas uma punição pelos ataques que ele proferiu contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para magistrados da Corte, a medida serviu também como um recado para os militares que defendem a pressão do general Eduardo Villas Bôas sobre a Corte.
Na última semana, Villas Bôas deu detalhes sobre os bastidores de uma postagem feita por ele na véspera do julgamento da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018. Na ocasião, ele disse que o Exército compartilhava um "anseio de repúdio à imunidade" e, agora, revelou que a mensagem foi escrita com ajuda de outros integrantes das Forças Armados.
Diante da repercussão desses novos fatos, o general ainda ironizou o ministro Edson Fachin, ao dizer que ele só reagiu à mensagem "três anos depois" . Com isso, os magistrados avaliam que a atitude do general e a do deputado fazem parte de um mesmo movimento antidemocrático e de ameaça às instituições.
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