O ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto, negou que tenha firmado um acordo com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A informação havia sido divulgada pela coluna de José Casado, no site da revista Veja.
"É lamentável que um colunista da Veja, sem me ouvir, faça ilações absolutamente improcedentes sobre as eleições. Não sei de onde alguém pode imaginar que existe qualquer tipo de acordo com Bolsonaro para 2022, já que a prioridade do Democratas é lançar candidato à Presidência", disse Neto, em postagem no Twitter, na noite deste domingo (9).
A publicação em questão, feita na manhã de ontem, indica que ele e Bolsonaro chegaram a um ponto em comum sobre o pleito do ano que vem, com intermédio do pastor Silas Malafaia. Segundo o texto, o acordo prevê que o atual presidente incorporaria a estrutura do DEM, hoje um dos maiores partidos do país, à sua campanha de reeleição em cidades consideradas estratégicas. Como contrapartida, Neto teria o apoio do governo federal e consolidaria uma aliança de ativistas evangélicos para a disputa que ele pretende travar contra o PT na eleição para o governo da Bahia.
Esse acerto, no entanto, vai na contramão dos fatos ocorridos até o momento. Bolsonaro hoje tem como ministro da Cidadania o deputado federal licenciado João Roma (Roma), afilhado político e ex-amigo de ACM Neto. Os dois travaram uma briga pública no início do ano, quando Roma aceitou o convite para o ministério, rejeitando o pedido feito por Neto. O baiano não queria que o então amigo ocupasse o cargo, mesmo tendo diversos correligionários na estrutura do governo, para que essa indicação não fosse vinculada a ele.
Além disso, Roma também tem sido cogitado como candidato ao governo baiano, o que serviria de palanque para a campanha de Bolsonaro no estado.
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