Um aposentado da Bahia que sofria com dores na bexiga e incômodo no momento de urinar teve marcado somente para às 10h desta quinta-feira um exame cujo pedido foi feito em 6 de janeiro de 2010 e seria realizado pelo SUS (Sistema único de Saúde).
O caso ocorreu em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, no sudoeste do Estado. O exame era de urofluxometria – para medir a força do jato urinário.
"Uma agente de saúde veio aqui em casa entregar o papel da marcação do exame e eu tomei como surpresa, pois nem lembrava mais", contou Flávio Borges de Brito, 77.
Segundo ele, a agente ainda queria levar o papel de volta porque ele disse que já tinha tirado do próprio bolso para fazer o exame, pois cansou de esperar – ficou um mês no aguardo.
"Peguei o papel da marcação do exame [para esta quinta] só como documento", contou o aposentado, que diz ter gasto mais de R$ 2.000 com o exame e medicamentos, durante esse tempo.
Revoltado com a situação, ele desabafa: "as coisas que funcionam no Brasil são somente mentira, roubo, impostos e gasto do dinheiro público, como bem [faz] a mulher [a presidente Dilma Rousseff, do PT], que gastou bilhões para fazer estádios. A saúde está aí caindo aos pedaços e a violência fazendo com que a gente fique dentro de casa".
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