O vereador Carlos Bolsonaro, filho do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), será denunciado à Comissão de Ética da Câmara do Rio por apologia à tortura.
A denúncia vai ser apresentada pela oposição, após o filho do presidenciável publicar nos stories de seu perfil no Instagram uma foto com simulação de tortura que mostra um homem ensanguentado, com os braços amarrados, um saco na cabeça e a hashtag #EleNão (leia aqui). A publicação foi encarada como uma resposta à campanha #EleNão, mobilização criada nas redes socais contra a candidatura de Bolsonaro.
Na foto, Carlos escreveu também: "Sobre pais que choram no banheiro". A expressão é popularmente usada em alusão a pais desapontados com os filhos e que, em muitos dos casos e memes, teriam vergonha por terem filhos homossexuais.
Por causa da repercussão negativa nas redes, o vereador se pronunciou e atribuiu a postagem, na tarde desta quarta-feira (26), a Ronaldo Creative, um perfil fechado no Instagram que defende a arte como forma de protesto e participa da campanha #EleNão. A versão do vereador é que ele publicou apenas para criticar a manifestação do suposto artista (veja aqui).
O vereador do Rio de Janeiro, David Miranda (PSOL), anunciou que vai apresentar uma denúncia contra o vereador por quebra de decoro em razão da reprodução da imagem que simula a tortura. A bancada do PSOL na Casa também vai assinar a denúncia. O candidato à Presidência do PDT Ciro Gomes também criticou o vereador e cobrou providências das autoridades.
Nas redes sociais, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) anunciou que também acionou o Ministério Público do Rio de Janeiro contra Carlos Bolsonaro. De acordo com ele, a publicação vai contra os direitos humanos.
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