segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Bolsonaro ataca Deltan em nova iniciativa para minar pré-candidatura de Moro


Em vídeo divulgado neste domingo (12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ataques ao ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato Deltan Dallagnol, recém-filiado ao partido Podemos.

 

Bolsonaro disse que rejeitou uma audiência com o ex-procurador em 2019, no momento de discussão sobre indicação a procurador-geral da República, por receio de "sair uma história pronta" do encontro.
 

"Se eu tivesse audiência com ele, com toda certeza não ia indicar a PGR. Mas iria sair uma história pronta. Como faziam por ocasião de alguns depoimentos por ocasião da Lava Jato", disse Bolsonaro.
 

"Escrevia o depoimento, chamava o cara para assinar. E ia falar o quê? Que eu teria feito proposta indecorosa para ele. Salvar um amigo, parente", afirmou ainda.
 

As acusações do presidente ocorrem dois dias depois de Deltan se filiar ao Podemos, em cerimônia com a presença de Sergio Moro, ex-juiz responsável pelos processos da Lava Jato e ex-ministro da Justiça na gestão Bolsonaro.
 

Bolsonaro e Moro disputam parte do eleitorado da direita na corrida ao Planalto em 2022. O presidente tem ampliado os ataques a seu ex-aliado.
 

Nas últimas duas semanas, disse que o adversário faz campanha a presidente "na base da mentira", além de fazer "papel de palhaço". Também acusou Moro de ser contra as armas e nem sequer saber torcer por um time de futebol.
 

Como procurador, Deltan trabalhou na Lava Jato de 2014 a 2020. Em novembro, ele pediu exoneração do Ministério Público Federal dizendo que pretendia continuar trabalhando contra corrupção de outra forma.
 

Na filiação do ex-procurador, Moro fez ataques a Bolsonaro e ao PT. "Nossa turma é que a gente pode se orgulhar. Não somos a turma do mensalão, petrolão, rachadinha."
 

Moro pediu demissão do Ministério da Justiça em abril de 2020 e deixou o governo acusando Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal.
 

Ex-juiz responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, Moro se filiou ao Podemos, em novembro, para disputar o Palácio do Planalto.
 

No último dia 2, o presidente ainda reclamou que "deu moral" a Moro no momento em que o então ministro foi alvo de críticas por revelações de mensagens privadas que trocou com procuradores. Os diálogos foram obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados por outros veículos de imprensa, como a Folha.
 

Juiz da Lava Jato, Moro abandonou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro, com quem se desentendeu -isso motivou seu pedido de demissão em abril do ano passado.
 

Neste ano, Moro sofreu uma dura derrota no STF (Supremo Tribunal Federal), que o considerou parcial nas ações em que atuou como juiz federal contra o ex-presidente Lula (PT). Com isso, foram anuladas ações dos casos tríplex, sítio de Atibaia e Instituto Lula.
 

Diferentes pontos levantados pela defesa de Lula levaram à declaração de parcialidade de Moro, como condução coercitiva sem prévia intimação para oitiva, interceptações telefônicas do ex-presidente, familiares e advogados antes de adotadas outras medidas investigativas e divulgação de grampos.
 

A posse de Moro como ministro de Bolsonaro também pesou, assim como os diálogos entre integrantes da Lava Jato, que expuseram a proximidade entre Moro e os procuradores da operação.
 

Em resumo, no contato com os procuradores, Moro indicou testemunha que poderia colaborar para a apuração sobre Lula, orientou a inclusão de prova contra um réu em denúncia que já havia sido oferecida pelo Ministério Público Federal, sugeriu alterar a ordem de fases da operação Lava Jato e antecipou ao menos uma decisão judicial.
 

Moro sempre repetiu que não reconhece a autenticidade das mensagens, mas que, se verdadeiras, não contêm ilegalidades.
 

Reportagem da Folha neste final de semana mostrou que Bolsonaro deu mostras recentes de um comportamento que parecia ter deixado de lado: as reações explosivas.
 

Irritado, ele falou palavrões publicamente, reclamou da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e subiu o tom contra o STF. Auxiliares do Palácio do Planalto dizem que o mandatário se sente pressionado.
 

Os arroubos, afirmam eles, refletem incômodo com decisões recentes da corte que atingem o governo, a discussão sobre o passaporte da vacinação contra Covid e o avanço de Moro nas articulações pela campanha presidencial de 2022.
 

Contudo, os interlocutores ainda não demonstraram preocupação com a possibilidade da volta aos ataques que geraram crise institucional entre os Poderes, com ápice em atos de raiz golpista no feriado de 7 de Setembro.
 

Eles classificam esses momentos como desabafos do presidente. Dizem que, por mais que Bolsonaro tenha contido explosões nos últimos meses, ele não pode mudar seu jeito.
 

Dentre os episódios que causaram a fúria do presidente está a ordem de Alexandre de Moraes, ministro do STF, de apurar a conduta do presidente por falsa associação entre a vacinação contra a Covid-19 e o risco de se contrair o vírus da Aids.

Rui anuncia medidas para recuperar municípios que sofreram com chuvas no Extremo Sul


O governador Rui Costa (PT) realizou, desde as primeiras horas da manhã deste domingo (12), uma série de visitas e sobrevoos às principais localidades atingidas pelas fortes chuvas da última semana no Extremo Sul da Bahia. Ele acompanhou os danos causados aos municípios e o trabalho da força-tarefa mobilizada pelo governo do estado, que segue atuando na região, conversou com prefeitos, moradores e anunciou outras medidas para além das ações emergenciais em andamento.

 

Após pousar, ainda no início da manhã, no Aeroporto de Porto Seguro, o governador embarcou em um helicóptero. Ele estava acompanhado do senador Jaques Wagner e do secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti. Os primeiros sobrevoos foram no distrito de Nova Alegria, que pertence a Itamaraju, e sobre a sede de Jucuruçu. Logo após, Rui seguiu para Medeiros Neto onde, além de sobrevoar, caminhou pelas ruas da cidade para avaliar a situação.

 

“Vamos, a partir de agora, progressivamente, com a redução da água, iniciar a recuperação das cidades e a reconstrução de muitas casas para quem perdeu suas residências. Vamos atuar para minimizar os danos causados. Amanhã [segunda], vamos fazer uma grande reunião com órgãos e secretarias estaduais para deliberar novas ações”, explicou o governador quando já visitava o Posto de Comando Estadual da força-tarefa, em Itamaraju.

 

Rui também fez questão de registrar o agradecimento a todos que estão envolvidos no trabalho de socorro aos municípios. “Quero agradecer a todos os agentes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da Polícia Militar e, especialmente, aos voluntários, muitos deles, inclusive, que não são servidores públicos. Há um sentimento forte de apoio e solidariedade e a população de toda a Bahia também tem ajudado muito fazendo doações”, completou.

 

Além do apoio para recuperação e reconstrução das cidades, o governador afirmou que deve anunciar, nos próximos dias, a abertura de linha de crédito para apoiar a recuperação de comerciantes dos municípios atingidos. “Vamos conversar com a Secretaria da Fazenda e ver qual o apoio que podemos dar para o comércio. Vou me reunir também com a Desenbahia para avaliar uma linha de crédito para essas cidades onde os comerciantes perderam tudo, para que eles possam recomeçar”.

 

Também acompanhando os trabalhos ao lado do governador, o senador Jaques Wagner avaliou os estragos e reforçou a necessidade de medidas do governo federal na recuperação das cidades. “Foi um desastre em que as perdas foram muito grandes e, infelizmente, essas tragédias sempre acabam afetando mais as pessoas mais simples. Muita gente perdeu tudo que tinha. Vamos buscar rapidamente que sejam disponibilizadas verbas para socorrer essas pessoas. Espero que o governo federal também se manifeste, até porque é sua obrigação numa emergência como essa”.

 

Após deixar o Posto de Comando em Itamaraju, Rui seguiu para um sobrevoo ao município de Prado, também atingido pelas chuvas, onde encerrou as visitas.

 

Ao lado do governador durante toda a manhã, o secretário Marcus Cavalcanti fez um balanço das ações que já foram e estão sendo executadas pela Seinfra para liberar estradas, pontes e acessos que foram danificados pelas enchentes.

 

“Nossas equipes já estão trabalhando desde o início do período de chuvas. Dos três pontos de interrupção na estrada que liga a BR 101 a Jucuruçu, nós já liberamos dois, e o terceiro deve ser liberado até o início da noite deste domingo [12]. No município de Prado, também já estamos trabalhando para recuperar o acesso da ponte, com o aterro que cedeu, e lá também a previsão é concluirmos ainda neste domingo. Logo depois, começamos o trabalho para recuperar as três interrupções que temos na estrada entre Itamaraju e Prado. A estrada entre Alcobaça e Teixeira de Freitas já liberamos o tráfego e vamos também, junto com o governador, definir outras formas de apoio na recuperação da infraestrutura desses municípios”, detalhou Cavalcanti.

 

Os dados levantados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) junto aos municípios mostram que as chuvas afetaram diretamente a vida de 69.198 pessoas. Houve registro de cinco mortos e 175 feridos. Há 6.472 desalojados e 3.744 desabrigados.

Jornalistas acusam equipe de segurança de Bolsonaro de agressão em Itamaraju


As equipes de reportagem da TV Bahia e da TV Aratu que cobriam, neste domingo (12), a visita de Jair Bolsonaro (PL) a Itamaraju, no Extremo Sul da Bahia, acusaram a equipe de segurança do presidente da República e alguns de seus apoiadores de agressão.

 

De acordo com informações do portal G1, a repórter Camila Marinho, da TV Bahia, teria sido agarrada pelo pescoço por um dos seguranças presidenciais, sendo imobilizada com uma espécie de “mata-leão”, golpe tradicional de artes marciais como o jiu-jitsu e o judô. 

 

Camila também teve sua pochete arrancada por um apoiador de Bolsonaro. O material da repórter foi devolvido tempos depois, pelas mãos de outro jornalista. Xico Lopes e Dário Cerqueira, profissionais da TV Aratu, também teriam sido agredidos pelos seguranças.

 

Após a confusão, a equipe presidencial seguiu para a sala de comando da operação, dentro de uma escola. As equipes de reportagem de ambas as emissoras decidiram não acompanhar, para evitar novos conflitos.

 

A assessoria de imprensa da Presidência chamou os repórteres dos dois veículos para dentro do local. Um dos integrantes da segurança pediu desculpas pelo que havia ocorrido do lado de fora.

 

Em nota, a TV Globo se manifestou sobre as agressões sofridas pelos repórteres de sua afiliada e da TV Aratu. A emissora carioca se solidarizou com os jornalistas, criticou a postura da Presidência da República e pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) aja contra a violência aos profissionais de imprensa.

 

“É escandalosa a atitude da Presidência de deixar jornalistas à própria sorte, em meio a apoiadores fanáticos, que são insuflados quase diariamente pelo próprio presidente em sua retórica contra o trabalho da imprensa”, diz a Globo.

 

“Frente aos evidentes e graves riscos enfrentados por repórteres de todos os veículos, é urgente que o Judiciário se pronuncie”, cobrou a emissora.

Em nova pesquisa, Lula lidera mais uma vez no 1º e 2º turno

 


A mais recente pesquisa realizada pelo Instituto Ideia e divulgada pela revista Exame mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria em todos os cenários simulados de primeiro e segundo turno nas eleições presidenciais de 2022.

No primeiro turno, o petista lidera a pesquisa estimulada com 37% das intenções, a frente de nove adversários. Já no segundo turno, Lula também vence o presidente Jair Bolsonaro (PL), Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB). Em todos os cenários, não há possibilidade de vitória em 1º turno.

A pesquisa Exame/Ideia ouviu 1.200 pessoas entre os dias 6 e 9 de dezembro. Devido aos arredondamentos, a soma dos percentuais podem variar de 99% a 101%.

Primeiro turno

Lula chega a 37% das intenções de voto Em um cenário com nove candidato na pesquisa estimulada, Lula chega a 37% das intenções de voto, contra 27% de Bolsonaro, que fica em segundo.

Sergio Moro (Podemos) – 10%
Ciro Gomes (PDT) – 6%
João Doria (PSDB) – 4%
Rodrigo Pacheco (PSD) – 1%
Felipe d’Avila (Novo) – 1%
Cabo Daciolo (Brasil 35) – 1%
Alessandro Vieira (Cidadania) – 0%
Simone Tebet (MDB) – 0%
Ninguém/Voto branco/Voto Nulo – 10% Não sabem – 3%.

Segundo turno

Já no segundo turno, a pesquisa mostrou que, se a eleição fosse hoje, o possível candidato petista seria eleito contra qualquer um dos adversários. Com 47% das intenções de voto contra Bolsonaro, 48% contra Doria, 44% contra Moro, e 42% contra Ciro. Os números mostram também que a distância entre Lula e Bolsonaro caiu. Em novembro, Lula ficava 17 pontos percentuais à frente de Bolsonaro e agora são 11.

fonte:https://www.verdinhoitabuna.blog.br/2021/12/em-nova-pesquisa-lula-lidera-mais-uma.html

Rui Costa repudia violência contra equipe da Rede Globo no Extremo Sul


O governador da Bahia, Rui Costa, usou o Twitter para manifestar solidariedade e repudiar a agressão sofrida por uma equipe de reportagem da TV Bahia, afiliada da Globo no estado, durante cobertura da passagem do presidente da República, Jair Bolsonaro, na cidade de Itamaraju, neste domingo (12).

“Minha solidariedade à equipe de reportagem da Rede Globo, que foi agredida e impedida de realizar a cobertura jornalística durante carreata com o presidente em Itamaraju, na Bahia. A liberdade de imprensa é pilar fundamental da democracia e qualquer ataque ao jornalismo merece repúdio. O momento é de trabalho e solidariedade no Extremo Sul. Repudio violência contra a imprensa e oportunismo num momento de dor diante de uma tragédia. Vamos trabalhar”, escreveu Rui Costa na rede social.

Na manhã de hoje, o governador baiano esteve em quatro cidades da região, incluindo Itamaraju, e assegurou recursos para reconstruir os municípios atingidos pelas fortes chuvas na Bahia. Ele também antecipou que irá liberar linhas de crédito especiais para comerciantes que tiveram seus negócios comprometidos pelas enchentes. Uma força-tarefa do Governo do Estado atua na região desde o início das ocorrências no Extremo Sul.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Preço de querosene de aviação sobe mais que gasolina



O reajuste dos combustíveis também chegou para o setor aéreo . O preço do querosene de aviação (QAV), que no segundo trimestre deste ano registrou alta de 91,7% em relação a igual período de 2020, acumula aumento de 47,7% de 4 de janeiro a 25 de outubro, segundo o levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) com os dados mais recentes disponíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

 

Quando comparados com o aumento da gasolina e do gás de cozinha (GLP), o reajuste também impressiona. A escalada do preço do QAV neste ano supera  a variação de 43,5% registrada pela gasolina no mesmo período. Já em comparação com o gás de cozinha, que apresenta aumento de 36,1% de janeiro a outubro, o valor do litro do QAV ficou 11,6 pontos percentuais acima.

 

“Esses dados mostram como a aviação comercial brasileira é impactada pelos  custos no Brasil. Além da alta do QAV, que é o item de maior ineficiência econômica das empresas aéreas, ainda temos o desafio dos sucessivos recordes da cotação do dólar em relação ao real, pois mais de 50% dos custos das companhias são dolarizados”, afirma o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.

Futuro partido de Bolsonaro, PL acumula poder em fundo bilionário e escândalos




O PL, partido que vai receber o presidente Jair Bolsonaro, tem uma trajetória marcada por escândalos de corrupção e, apesar desse histórico, ampliou desde o ano passado a participação em diferentes setores do governo que se elegeu com a promessa de acabar com o chamado "toma lá dá cá" político.

 

Sob Bolsonaro, a sigla emplacou a deputada Flávia Arruda (DF) no comando da Secretaria de Governo e fez indicações também para o Ministério da Saúde, o Banco do Nordeste e o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) --um fundo de R$ 54,4 bilhões só em 2021.
 

O fundo é ligado ao Ministério da Educação e controlado por indicações do centrão. O FNDE executa a maioria das ações e programas da educação básica, como alimentação e transporte escolar.
 

Principal nome da legenda, o ex-deputado Valdemar Costa Neto passou 11 meses na cadeia, após ser condenado a 7 anos e 10 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção e lavagem de dinheiro.
 

Ele, o então vice-presidente do partido, Bispo Rodrigues, e assessores parlamentares ligados aos dois foram acusados de envolvimento no mensalão, esquema de compra de apoio parlamentar durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

Valdemar é também investigado e processado em duas frentes de apuração da Operação Lava Jato, por irregularidades na área de transportes, fatia da administração federal que esteve sob sua influência nos governos petistas e no do ex-presidente Michel Temer (MDB). Em nota enviada à reportagem, a assessoria de imprensa de Valdemar afirmou que ele "não comenta decisões do Poder Judiciário ou iniciativas do Ministério Público".
 

Em 2018, então em campanha à Presidência da República, Bolsonaro criticou a imprensa por publicar a informação de que ele estaria acenando para "corruptos e condenados", em uma referência ao chefe do PL.
 

Naquele ano, o então candidato do PSL avaliou a possibilidade de o ex-senador Magno Malta, do PL, compor a chapa presidencial.
 

Na ocasião estava em curso uma apuração da Lava Jato sobre irregularidades em empreiteiras que prestavam serviços ao então Ministério dos Transportes.
 

Os procuradores da República levantaram suspeitas de que Valdemar e aliados cobraram e receberam propina de empreiteiras que prestavam serviços à pasta.
 

Delatores da Odebrecht, envolvida no escândalo de corrupção na Petrobras, contaram aos investigadores que, após a empresa ser escolhida por licitação para construir trechos da Ferrovia Nor­te-Sul, houve achaque por parte de preposto de Valdemar na Valec, a estatal responsável por acompanhar a obra.
 

A Polícia Federal confrontou as informações prestadas pelos executivos da Odebrecht com planilhas de pagamentos de propina apreendidas nos computadores da empreiteira durante uma das fases da Lava Jato.
 

Uma delas, identificada como "FNS", registrou repasses, entre outubro de 2007 e fevereiro de 2008, sob o codinome "Polonês", no montante de R$ 4,3 milhões. O delator afirmou que "Polonês" foi usado para identificar a propina transferida a Valdemar.
 

O inquérito sobre esse caso tramita no STF, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.
 

Em fevereiro do ano passado, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo entendeu que o caso deve ser enviado à Justiça Federal em Goiás por não envolver autoridades com foro no Supremo.
 

Ao pedir a remessa do caso para aquele estado, Lindôra afirmou que as delações têm sido confirmadas "por evidências documentais que relatam pagamentos de vantagem indevida ao grupo político do ex-parlamentar Valdemar da Costa Neto". Gilmar ainda não decidiu sobre o pedido.
 

Em 2019, a Procuradoria da República em Goiás denunciou Valdemar e outras seis pessoas em outra acusação da Lava Jato.
 

De acordo com o Ministério Público Federal, o grupo de Valdemar agiu, em troca de propina, para fraudar licitações da Valec destinadas à construção da Ferrovia Norte-Sul entre 2000 e 2011.
 

Parte da propina foi, segundo a Procuradoria, solicitada e paga em espécie e parte dissimulada como doação oficial (regularmente declarada à Justiça Eleitoral) para as campanhas eleitorais do partido nos anos de 2010, 2012 e 2014, quando ainda era denominado PR.
 

A denúncia se baseou em inquéritos, acordos de leniência e colaborações premiadas de executivos de empreiteiras como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia e UTC.
 

No ano passado, a Justiça Federal de Goiás aceitou a denúncia da Procuradoria e transformou Valdemar e os demais em réus.
 

À reportagem, a assessoria de imprensa de Valdemar disse que, além de não comentar os processos, ele é "defensor do Estado democrático de Direito" e que "é fundamental reconhecer a autonomia e independência dos Poderes constituídos".
 

Apesar de todos os problemas com a Justiça, Valdemar mantém o espaço do seu partido na partilha de cargos da administração federal.
 

O PL tem atualmente uma bancada de 43 deputados federais e 4 senadores. Compõe o chamado centrão, o grupo suprapartidário no Congresso.
 

Com as crises sanitária e econômica decorrentes da pandemia do novo coronavírus, o governo Bolsonaro precisou ampliar os apoios no Congresso para aprovar assuntos de seu interesse e se proteger frente às dezenas de pedidos de impeachment da oposição que miram o presidente.
 

Ampliou nacos de espaço na Esplanada dos Ministérios para caciques da "velha política", até então criticados por Bolsonaro, o presidente do PL entre eles.
 

Nesta quarta (10), após uma reunião com Bolsonaro, Valdemar confirmou a filiação do presidente ao PL em um ato previsto para 22 de novembro, em Brasília.
 

Um dia antes, na terça-feira (9), Bolsonaro rebateu críticas sobre sua ida para um partido do centrão.
 

"Pessoal critica: 'Ah, o cara está conversando com o centrão'. Quer que eu converse com o PSOL, com o PC do B, que não centrão?", questionou ele, em entrevista ao portal bolsonarista Jornal Cidade Online.
 

"Se você tirar o centrão, tem a esquerda. Para onde é que eu vou? Tem que ter um partido, se eu quiser disputar as eleições do ano que vem."
 

Bolsonaro lembrou ainda que foi filiado ao PP, também do centrão e com o qual vinha negociando até o momento. "Eu fui do centrão", disse. O presidente está há praticamente um ano sem legenda. Ele incentivou a criação da Aliança do Brasil, mas a ideia não vingou.
 

Alguns nomes ligados ao projeto enfrentam problemas com a Justiça. São alvos de inquéritos que tramitam no Supremo, suspeitos de envolvimento com os chamados atos antidemocráticos e disseminação de fake news nas redes sociais .
 

"Não consegui fazer o meu [partido, por] que a burocracia cresceu muito e foi impossível ter um partido", disse Bolsonaro a apoiadores.
 

"Não queiram tudo, que o partido não é meu. Tem uma outra pessoa lá que fez o acordo comigo e nós temos que alinhar nossos objetivos, só isso", afirmou ele, sem mencionar Valdemar.
 

*
 

O VAIVÉM PARTIDÁRIO DE BOLSONARO
 

PDC (1989 - 1993)*
 

PPR (1993 - 1995)*
 

PPB (1995 - 2003)*
 

PTB (2003 - 2005)
 

PFL, atual DEM (2005)
 

PP, antigo PPB (2005 - 2016)
 

PSC (2016 - 2018)
 

PSL (2018 - 2019)
 

*Fusões


fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/140936-futuro-partido-de-bolsonaro-pl-acumula-poder-em-fundo-bilionario-e-escandalos.html 

Jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morre aos 63 anos

Comentarista da GloboNews e colunista do g1, ela lutava contra um câncer e estava internada para tratar uma pneumonia em SP.



A jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morreu nesta quinta-feira (11), em decorrência de um mieloma múltiplo, do qual se tratava havia alguns anos, agravado por uma pneumonia contraída nos últimos dias. Ela tinha 63 anos e estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Cristiana atuou no jornalismo por mais de 30 anos.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Caminhoneiro Relampejou bolsonarista que estava foragido se apresenta à PF em SC


Preso pela PF -  O caminhoneiro Relampejou  Marcos Antonio  apresentou-se espontaneamente à Polícia Federal em Joinville, no Norte de Santa Catarina, nesta terça (26), informou a defesa dele. Em nota, o caminhoneiro disse estar "ao dispor da Justiça para provar sua inocência". Antes Gomes estava foragido no exterior. Ele foi localizado pela PF no México em setembro.

Nuvem gigante de poeira com área de 615 mil km² chega à Argentina


Uma nuvem gigante de poeira de 615 mil quilômetros quadrados está se aproximando da costa da Argentina, de acordo com uma imagem de satélite publicada pelo cientista da NASA, Santiago Gassó. Segundo o pesquisador, o fenômeno é resultado do sistema de baixa pressão, normalmente associado à formação de nuvens e chuvas, que trouxe neve para a região de Usuahia e tempestade de vento para a Patagônia.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Quem é Frederico D’Avila, o deputado bolsonarista que insultou o Papa

Apoiador ferrenho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado estadual por SP já quis homenagear o ex-ditador chileno Augusto Pinochet na Alesp



Depois de xingar o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, toda a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o papa Francisco de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos”, o deputado estadual bolsonarista Frederico D’Avila (PSL-SP) virou notícia no país.

Apoiador de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o parlamentar foi eleito para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 2018, com o apoio do setor agrícola. Ele fez parte do meio rural por um longo período antes de entrar na política.

Nascido na capital paulista, em 2 de novembro de 1977, foi assessor especial do ex-governador de SP Geraldo Alckmin (PSDB), de 2011 a 2013. Participou também da diretoria e do conselho da Sociedade Rural Brasileira de 2017 a 2020.

O deputado é conhecido como a principal liderança do agronegócio paulista a apoiar o então candidato Jair Bolsonaro (na época, no PSL) na corrida à Presidência da República.

Enquanto fazia parte da 19ª Legislatura da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), apresentou o pedido para a instalação da Frente Parlamentar da Agricultura e recebeu apoio de várias organizações ligadas ao setor da agropecuária.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

‘É vendido e não dado’: como a alta da carne levou a população à fila do osso

                                        

Dono de um açougue e mercado em Florianópolis, relatou que a demanda por ossos de boi começou a crescer. Ele diz que sempre vendeu o produto, mas teve de aumentar o valor. “É vendido e não dado”, diz placa no estabelecimento.

Apesar de dizer que tem buscado alternativas para aumentar a arrecadação do mercado, ele afirmou ao g1: “Quando vem uma pessoa necessitada, eu ainda faço a doação”. Ari lamenta que a busca por ossos de boi aumentou há cerca de um ano com o aumento do preço da carne.

“Desde a pandemia, caiu muito o movimento. As pessoas não estão mais comprando a carne aqui”.

Consumo de carne é o mais baixo em 25 anos

A compra do produto atingiu seu patamar mais baixo em 25 anos. Na capital catarinense, a carne é o produto mais caro da cesta básica e teve aumento de 30,5% no último ano.

No ano passado, cada brasileiro consumiu 26,4 quilos de carne. Houve uma queda de quase 14% em relação a 2019. O número é o menor número desde 1996, segundo Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Atualmente, a alta do produto tem causado cenas trágicas como a fila por doação de ossos no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Empresário bolsonarista se diz abandonado em CPI por família Bolsonaro


O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury se queixou da falta de apoio de Jair Bolsonaro e de seus filhos na sua participação na CPI da Covid-19. Ele depôs na comissão na última quinta-feira (30).

 

Segundo publicação do Metrópoles, a mágoa estaria especialmente direcionada a Eduardo Bolsonaro, em cuja Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac) Fahoury investiu.

 

Fakhoury também percebeu que Flávio Bolsonaro foi pessoalmente acompanhar o depoimento do empresário Luciano Hang, mas com ele, o filho de Bolsonaro não participou.

STF pode liberar showmício e reforçar atuação de artistas nas eleições de 2022


O STF (Supremo Tribunal Federal) irá julgar nos próximos dias uma ação em que pode liberar a realização de showmícios nas eleições de 2022. A análise do tema é muito aguardada por partidos e pode ampliar a participação de artistas na disputa eleitoral do próximo ano.

 

Na visão de dirigentes partidários, embora a classe artística no geral tenha mais proximidade com a esquerda, a liberação desses eventos também pode beneficiar o presidente Jair Bolsonaro, que é apoiado por alguns dos mais famosos cantores sertanejos do país.
 

A jurisprudência do Judiciário em relação ao tema já tem se modificado nos últimos anos, como ocorreu em 2020 com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que permitiu a realização de um show fechado de Caetano Veloso para arrecadação de dinheiro aos então candidatos Guilherme Boulos (PSOL), que disputava a Prefeitura de São Paulo, e Manuela d’Ávila (PC do B), em Porto Alegre.
 

Agora, o STF irá julgar uma ação de autoria do PSB, PSOL e PT contra a lei de 2006 que proibiu esse tipo de evento eleitoral.
 

A legislação vetou “a realização de showmício” e a apresentação, “remunerada ou não”, de artistas para animar comícios e reuniões eleitorais. Ao Supremo as siglas pedem o veto parcial à norma para que sejam liberadas apresentações gratuitas, sem pagamento de cachê ao artista.
 

Nos bastidores da corte, ainda há dúvidas sobre a melhor solução a ser dada para o caso. Há uma corrente que tem defendido internamente, por exemplo, que a liberação de shows gratuitos não seria adequada porque, caso não fique claro o cunho político do evento, confundiria a cabeça dos eleitores.
 

No centro do julgamento, estará a discussão sobre até que ponto o veto à apresentação de artistas em favor de determinado candidato viola as liberdades individuais dessa classe, garantida a todos os cidadãos pela Constituição.
 

Na ação apresentada ao Supremo, os partidos afirmam que a “atividade artística como as manifestações de natureza política compõem o núcleo essencial da liberdade de expressão”.
 

“O legislador não pode pretender a depuração das campanhas da sua saudável dimensão emocional, retirando o seu calor e energia, para que se convertam em debates exclusivamente racionais e sisudos sobre propostas e projetos”, dizem os partidos.
 

A PGR (Procuradoria-Geral da República), no entanto, foi no sentido oposto e deu um parecer pela improcedência da ação.
 

“O objetivo da norma é impedir o oferecimento de vantagem ao eleitorado, como forma de angariar o voto. Busca, assim, preservar a paridade de armas entre os concorrentes da disputa eleitoral. As normas são razoáveis e proporcionais para o fim perseguido”, afirma.
 

Caso os ministros não sigam a linha defendida pela PGR, a corte deve ao menos estabelecer parâmetros claros sobre a participação de artistas nas eleições de 2022 para que não haja um clima de insegurança jurídica como ocorreu em 2020.
 

Na eleição municipal do ano passado, o TRE-RS (Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul) proibiu o cantor Caetano Veloso de fazer um show online pago, no valor de R$ 60, com o intuito de arrecadar verbas a Boulos e Manuela.
 

A corte estadual entendeu que o evento tinha as características de um showmício. Apesar de a proibição ter sido direcionada à Manuela, a decisão também atingia Boulos, uma vez que só seria realizado um show em apoio aos dois.
 

O TSE, porém, derrubou a decisão do TRE-RS por um placar de 6 a 1. Como a composição da corte eleitoral sofre mudanças periódicas, seja dos integrantes oriundos do STF, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou da classe de juristas, um novo julgamento poderia ter resultado diferente.
 

Uma palavra final do Supremo sobre o tema, portanto, deve permitir segurança jurídica às campanhas, pois o TSE não tem poder de se sobrepor ao que for definido pelo STF.
 

Em 2020, no tribunal eleitoral, os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, que participarão do julgamento do STF previsto para os próximos dias, votaram a favor da apresentação de Caetano.
 

O fato de Boulos e Manuela não terem pago para contratar o músico foi um dos principais argumentos apresentados por Barroso.
 

“É uma prática legítima, que não é propaganda, que não envolve pessoa jurídica fornecendo produtos, de modo que eu veria como uma interpretação indesejadamente expansiva de uma norma restritiva nós impedirmos a realização deste evento”, disse.
 

O magistrado, porém, destacou que não havia previsão de discurso dos políticos no evento, o que, antes de 2006, era autorizado. O ministro Mauro Campbell foi o único a divergir. Para ele, o evento configurava, sim, showmício.
 

O julgamento do caso no STF está marcado para a próxima quarta-feira (6). No entanto, antes desse tema a corte deve apreciar o recurso em que o presidente Bolsonaro pede para ser autorizado a depor por escrito no inquérito que apura as acusações feitas contra ele por Sergio Moro quando pediu demissão do Ministério da Justiça.
 

A discussão, porém, não deve ter desfecho célere. Além disso, após esse caso deve ser pautada uma ação acerca da legalidade de normas da reforma trabalhista. Como a questão do showmício é o terceiro item da pauta, é pouco provável que haja tempo suficiente para ser julgado na quarta-feira.
 

O presidente do STF, ministro Luiz Fux, comprometeu-se a julgar o caso após essas duas outras ações. Assim, mesmo que não ocorra nesta semana, deve ser julgado na seguinte.
 

Com isso, outro ponto que deve ser discutido pelos ministros é a questão da anualidade, a regra que determina que mudanças nas normas eleitorais só podem ter validade na eleição caso tenham sido aprovadas um ano antes das eleições.
 

Mesmo que o STF tome uma decisão fora desse prazo, ministros sob reserva avaliam ser possível dar uma interpretação ao tema que permita que uma possível mudança de regra passe a valer em 2022 por não envolver uma determinação central para as eleições.

Aras deve pedir esclarecimentos de Guedes sobre offshore ativa no exterior


O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, deve pedir esclarecimentos a Paulo Guedes sobre um empreendimento milionário ativo em paraíso fiscal mesmo após ele ter assumido o Ministério da Economia.

 

Guedes é dono da offshore Dreadnoughts sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Também participam da empresa a mulher, Maria Cristina Bolivar Drumond Guedes, e a filha, Paula Drumond Guedes. A informação foi publicada em reportagem feita em parceria com veículos de comunicação vários países, incluindo o Brasil, na investigação Pandora Papers.

 

“O PGR fará, como de praxe, uma averiguação preliminar. Vamos ouvir algumas pessoas e requisitar documentos. Depois é que vamos fazer um juízo de valor se é necessário pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, que é o foro para quando há ministros de Estado citados. Mas tudo será dentro do devido processo legal. A 1ª pessoa a ser ouvida será o ministro Paulo Guedes, que será oficiado e poderá com tranquilidade enviar todos os esclarecimentos. Podemos também oficiar órgãos de controle. Mas não faremos nenhum juízo de valor antes disso”, disse Aras para o site Poder 360.

 

Além de Guedes, também foi identificada uma empresa offshore em nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A Cor Assets S.A., fica no Panamá, outro paraíso fiscal, situado na América Central.

 

A abertura de uma offshore ou de contas no exterior não é ilegal, desde que o saldo mantido lá fora seja declarado à Receita Federal e ao Banco Central. Contudo, para servidores públicos a situação é diferente. Conforme artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, instituído em 2000, funcionários do alto escalão são proibidos de manter aplicações financeiras, no Brasil ou no exterior, passíveis de ser afetadas por políticas governamentais.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Frias comemora retirada da Lei Paulo Gustavo de pauta no Senado: 'Lei oportunista'


O titular da Secretaria Especial da Cultura, Mario Frias, comemorou a retirada da discussão sobre a Lei Paulo Gustavo ser retirada da pauta de uma sessão deliberativa do Senado, nesta terça-feira (14). “Quero agradecer o Senador Fernando Bezerra Coelho, Líder do Governo no Senado, por ter retirado de pauta o Projeto de Lei Paulo Gustavo. Este projeto é completamente absurdo!”, escreveu o secretário nas redes sociais.

De autoria da bancada do PT no Senado, o Projeto de Lei Complementar 73/2021, que está em tramitação na casa, prevê apoio emergencial ao setor cultural brasileiro diante dos impactos da pandemia, por meio de R$ 4,3 bilhões de investimento federal, até o final de 2022. 

 

Além da fala nas redes sociais, em entrevista à Jovem Pan, Frias fez mais críticas à lei que visa ajudar os agentes de cultura, área que ficou praticamente paralizada durante toda a pandemia. 

 

"Desde que se especulou essa possibilidade, eu nunca neguei que sou contra. Apanhei bastante por isso, mas continuo contra. Uma coisa é a gente ter votado a favor, ter apoiado a Lei Aldir Blanc no ano de 2020. Foi um ano acho que todos aqui vamos concordar que foi um ano atípico, principalmente para o setor de eventos, da cultura, aonde o Ministério da Economia criou um orçamento de guerra, a nossa EA 106”, disse o secretário, afirmando que a nova proposta “é completamente” da política aplicada anteriormente.

 

Mario Frias classificou a Lei Paulo Gustavo de “lei oportunista” por limitar o poder da União e de sua pasta na destinação dos recursos. Lembrando "que o único papel do governo federal na Lei Aldir Blanc foi distribuir esse recurso”, ele afirmou que "é fácil investir com dinheiro dos outros". "Então, no momento em que você cria uma lei como essa, o governo federal e a Secretaria de Cultura vão se transformar num caixa eletrônico compulsório. A gente vai pegar R$ 4,3 bilhões por ano e entregar na mão de governadores. Não me parece, em momento algum, que isso atenda à necessidade da população, justamente por não haver nenhum estudo, nenhum dado concreto pra investimento desses recursos", declarou o secretário, que tem sido acusado pela classe artística de promover um apagão da cultura no país.

 

 

SAIBA MAIS SOBRE A LEI PAULO GUSTAVO
O Projeto de Lei Complementar 73/2021 tem como base três objetivos: salvar recursos do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para aplicação na cultura e não para amortização da dívida pública da União; destravar os recursos do FNC e do FSA no orçamento de 2021; e vedar futuros contingenciamentos e outras formas de limitações do empenho de ambos os fundos.
 


Baseada no modelo da Lei Aldir Blanc (Lei 14.017/2020) e seguindo todas as regras orçamentárias, a Lei Paulo Gustavo prevê que a União transfira recursos oriundos de fundos de apoio e da contrapartida de estados e municípios, aos estados, Distrito Federal e municípios, com distribuição descentralizada e autônoma entre cada linguagem artística. Este formato estabelece uma execução colaborativa e capilarizada, garantindo a participação efetiva da sociedade e dando ênfase ao Sistema Nacional de Cultura (SNC).


 
O PL também prevê a adoção de políticas que estimulem a participação e o protagonismo de mulheres, população negra, povos indígenas, comunidades tradicionais e quilombolas, LBTQIA+, pessoas com deficiência e outras minorias, por meio de cotas, critérios diferenciados de pontuação e outros meios de inclusão.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Bolsovoucher: Grupo recebe R$ 100, camisa e passagem para o 7 de Setembro, assista


Um vídeo que circula nas redes sociais indica que integrantes de um grupo da cidade de Pompéia, São Paulo, teriam recebido R$ 100 cada, além de camiseta e a passagem de ônibus, para participar das manifestações do 7 de Setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

 

Nas imagens, é possível enxergar um homem com a camiseta amarela distribuindo as notas em dinheiro vivo e a peça do vestuário. De acordo com o portal Metrópoles, na página do grupo citado, a empresa diz atuar nos segmentos agrícola, fundição, tecnologias de aplicação de polímeros, transporte e logística, movimentação e armazenagem, equipamentos para limpeza e médico-hospitalar.

 

“Grupo Jacto vem aí… Nishimura vem aí… Olha isso, cara. Eu achei que era brincadeira. Uma camiseta para cada um, mais o ônibus, mais R$ 100 para alimentação. Esse é o nosso grupo Jacto de Pompéia. Deus abençoe. Heróis, mano”, diz o autor da gravação.

 

O sobrenome Nishimura dito na gravação é referência ao presidente do conglomerado, Jorge Nishimura.

 

ASSISTA: