Uma licitação para aquisição de um aparelho de espionagem colocou em evidência a disputa entre o alto comando militar e o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.
De acordo com o UOL, órgãos oficiais de investigação que seriam beneficiados diretamente pelo dispositivo, a exemplo do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileiro de Informações), não estão envolvidos nas tratativas.
O edital de licitação é o de nº 03/21, do Ministério da Justiça, no valor de R$ 25,4 milhões. Previsto para esta quarta-feira (19), tem como objetivo contratar o programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pela isralense NSO Group.
O programa já é conhecido e foi usado para espionar celulares e computadores de jornalistas e críticos de governos ao redor do mundo.
Ainda segundo o UOL, Carlos Bolsonaro tenta diminuir o poder dos militares na área de inteligência. Ele teria articulado junto ao ministro da Justiça, Anderson Torres, para excluir o GSI da licitação.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu nota e diz que o processo de licitação tem objetivo a "aquisição de ferramenta de busca e consulta de dados em fontes abertas para ser usado, pelo ministério e órgãos de segurança pública, nos trabalhos de enfrentamento ao crime organizado".
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