Um adolescente chinês causou uma onda de indignação entre internautas de seu país por ter inscrito seu nome na parede de um templo antigo em Luxor, no Egito.
A inscrição arranhada na parede --que dizia, em mandarim, "Ding Jinhao esteve aqui"-- foi encontrado por um turista chinês chamado Shen, que visitou Luxor há três semanas.
Shen postou a foto do grafite em sua conta no Sina Weibo, um híbrido chinês do Twitter e do Faceboook, e rendeu mais de 100 mil comentários.
O garoto foi identificado como estudante do ensino médio em Nanjing, no leste da China, e teve sua data de nascimento e escola revelados na internet.
O incidente é mais um exemplo do fenômeno crescente na China de usuários da internet expondo informações privadas sobre pessoas que cometeram atos considerados condenáveis.
A controvérsia surge dias após Wang Yang, um dos quatro vice-primeiros-ministros da China, dizer que o "comportamento incivilizado" de alguns turistas chineses estava prejudicando a imagem do país no exterior.
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'Muita pressão'
Os pais do menino pediram desculpas a um jornal local, dizendo que o garoto está arrependido de suas ações. "Queremos pedir desculpas ao povo do Egito e as pessoas que deram atenção a este caso em toda a China," disse a mãe de Ding Jinhao.
A mãe do menino acrescentou que o adolescente, agora um estudante do ensino médio em Nanjing, no leste da China, cometeu o ato quando era mais jovem e agora tinha percebido a gravidade de suas ações.
O pai de Ding Jinhao também apelou ao público pedindo que deixassem seu filho em paz. "Isso é muita pressão em cima dele".
O templo de Luxor, na margem do Nilo, foi construído por Amenófis 2º, que viveu no século 14 a.C., e mais tarde foi ampliado por Ramsés 2º.
O Ministério de Antiguidades do Egito disse que o dano à parede do templo era superficial, e medidas para restaurá-lo já estavam sendo tomadas.
Turistas chineses gastaram US$ 102 bilhões (R$ 209 bilhões) no exterior no ano passado, um aumento de 40% em relação ao ano anterior. A Organização Mundial de Turismo da ONU diz que a China é hoje a maior fonte de renda do turismo global.
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