O estado da Bahia está autorizado a exportar charuto para o mercado chinês. A decisão do governo da China foi comunicada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri), nesta quarta-feira (29), pelo diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Cosám Coutinho, que está no país asiático discutindo os últimos detalhes do acordo de comércio bilateral.
“A exportação vai impulsionar o desenvolvimento da região, reerguer a economia local e abrir um nicho de mercado para a agricultura familiar”, disse o secretário Eduardo Salles, explicando “que o objetivo do Estado é a recuperação econômica e social do Recôncavo baiano, que vive da cultura do fumo”. Segundo ele, esse é o resultado de um intenso trabalho que vem sendo realizado há mais de três anos pelos governos federais e estadual e diversos órgãos e entidades, como o Sindicato das Indústrias do Tabaco (Sinditabaco), com o propósito de reabilitar a cultura do fumo no Recôncavo e recuperar milhares de empregos diretos e indiretos perdidos na região com o fechamento de diversas fábricas, entre elas, a Suerdieck.
De acordo com o Sinditabaco, a cultura do fumo envolve mais de 12 mil trabalhadores, a maioria do sexo feminino, e pertencente à agricultura familiar. No auge da produção de charutos, entre as décadas de 60 e 80, somente a fábrica da Suerdieck chegava a produzir 100 milhões de charutos/ano, metade da produção baiana à época, que era de 200 milhões. Atualmente, as oito fábricas que sobreviveram conseguem, juntas, produzir apenas 10 milhões/ano.
Com a liberação da exportação para a China, a expectativa é de que a produção aumente consideravelmente, consolidando a cultura do fumo para charutos, criando empregos e recuperando a economia de toda a região.
“A exportação vai impulsionar o desenvolvimento da região, reerguer a economia local e abrir um nicho de mercado para a agricultura familiar”, disse o secretário Eduardo Salles, explicando “que o objetivo do Estado é a recuperação econômica e social do Recôncavo baiano, que vive da cultura do fumo”. Segundo ele, esse é o resultado de um intenso trabalho que vem sendo realizado há mais de três anos pelos governos federais e estadual e diversos órgãos e entidades, como o Sindicato das Indústrias do Tabaco (Sinditabaco), com o propósito de reabilitar a cultura do fumo no Recôncavo e recuperar milhares de empregos diretos e indiretos perdidos na região com o fechamento de diversas fábricas, entre elas, a Suerdieck.
De acordo com o Sinditabaco, a cultura do fumo envolve mais de 12 mil trabalhadores, a maioria do sexo feminino, e pertencente à agricultura familiar. No auge da produção de charutos, entre as décadas de 60 e 80, somente a fábrica da Suerdieck chegava a produzir 100 milhões de charutos/ano, metade da produção baiana à época, que era de 200 milhões. Atualmente, as oito fábricas que sobreviveram conseguem, juntas, produzir apenas 10 milhões/ano.
Com a liberação da exportação para a China, a expectativa é de que a produção aumente consideravelmente, consolidando a cultura do fumo para charutos, criando empregos e recuperando a economia de toda a região.
Mofo Azul - O secretário da Agricultura afirmou que a decisão do governo chinês acontece depois do intenso trabalho realizado pela Seagri, por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para que a Bahia fosse declarada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) como Área Livre de Mofo Azul, praga que atinge a cultura do tabaco e impede as exportações do produto para outras partes do mundo. Em seguida, reuniões de trabalho foram realizadas na China e uma delegação de técnicos chineses esteve na Bahia, comprovando a qualidade e sanidade do tabaco e charutos produzidos no Recôncavo.
A Bahia é o primeiro produtor de tabaco para charuto do Brasil e tem o segundo maior parque fumícola do Nordeste. O estado já exporta o tabaco produzido em mais de 36 municípios, totalizando 1.736 hectares plantados. Entre os principais municípios produtores destacam-se Irará, Cabaceira do Paraguaçu, Muritiba, Cruz das Almas, Governador Mangabeira e Castro Alves. Com a exportação do tabaco para a China a Bahia está ampliando gradativamente sua produção que alcança atualmente cinco mil toneladas/ano, segundo dados do Sinditabaco.
Técnicos chineses validaram certificação do produto - Os procedimentos para a certificação do tabaco baiano foram iniciados em 2009, com a coleta de amostras em 10% das 2.326 propriedades produtoras. O material foi encaminhado a laboratórios no Rio Grande do Sul e, em 2010, após o resultado negativo para a presença do fungo “Peronospora Tabacina”, a Adab encaminhou relatório ao Ministério da Agricultura com a proposta para a caracterização da Área Livre.
A oficialização do ato aconteceu com a publicação da Instrução Normativa nº 31 no Diário Oficial da União, em 18 de novembro de 2011, abrindo a possibilidade de exportação do tabaco baiano para a China. Paralelamente aos procedimentos de certificação pelo governo brasileiro foram realizados diversos encontros técnicos da China nas lavouras de tabaco na Bahia.
As visitas da delegação chinesa tiveram como objetivo validar a certificação da Bahia como área livre do Mofo Azul. Eles observaram a formação da cadeia produtiva do tabaco, desde o plantio, a colheita e o beneficiamento da produção. Acompanhados por fiscais da Superintendência Federal da Agricultura da Bahia as missões chinesas conheceram, in loco, as ações de fiscalização da Adab e de supervisão da SFA/BA para proteger a cultura do tabaco na Bahia.
Mais importante cultura não alimentícia do Planeta - O Brasil, além de ser o segundo maior produtor de tabaco do mundo, é o líder na exportação mundial do produto há 15 anos. Conforme dados do Sinditabaco, em média, 85% do fumo produzido no Brasil é destinado à exportação. Segundo o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, o tabaco é atualmente a mais importante cultura agrícola não-alimentícia do planeta, e contribui substancialmente para as economias de mais de 150 países. “Por isso, tendo como premissa o cenário baiano, compete à Adab creditar a segurança fitossanitária da produção, colocando o tabaco baiano em condições de competitividade fora do país”.
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