A aposentadoria por invalidez do presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Ruy Machado, ganhou repercussão com a acusação de irregularidade. Denúncias apontam que o edil foi aposentado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) a partir de um laudo clínico que o aponta com quadro de “cegueira total”. Outra possível falha estaria no fato de o vereador receber o benefício da Previdência Social indevidamente no período que está como representante da Casa Legislativa. Refutando as acusações, o vereador afirma não existir irregularidade na aposentadoria e que o benefício é legítimo.
Segundo Ruy Machado, uma junta médica do INSS, composta por dois médicos da Previdência, foi quem constatou a cegueira total no olho direito do vereador e mesma patologia parcial no olho esquerdo. O laudo da Previdência constatou que “há incapacidade laborativa”. “Não foi clínica particular coisa nenhuma que me aposentou, porque nenhum médico particular tem competência para aposentar. Quem me aposentou foi uma junta do INSS”, reforçou o presidente da Câmara. De acordo com Ruy Machado, por iniciativa própria, diversos médicos foram consultados sobre o problema de saúde nas cidades de Itabuna, Salvador e São Paulo. “Todos os laudos tiveram o mesmo resultado”, acrescentou.
O vereador Machado recebia a aposentadoria desde agosto de 2006 e deixou de ter acesso ao benefício em janeiro de 2010, quando teve os proventos “cortados por questões políticas”, conforme explicou. Desde então, advogados de Ruy Machado buscam rever o benefício. “Não existe ilegalidade, o que existe são adversários políticos, e estou levando todos eles à Justiça”, defendeu-se sem citar nomes.
“Procuraram irregularidades no meu mandato, não encontraram nada e foram em cima da minha invalidez. O processo sucessório para as eleições municipais já começou, muitas coisas têm que passar pela minha mesa e as pessoas querem a minha briga com o prefeito. Já que o prefeito é mudo e surdo, não fala, nem ouve, eu tenho que tomar a minha posição política e eu vou tomar, porque não sou liderado por ninguém e os poderes são independentes”, concluiu.
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