sexta-feira, 29 de maio de 2020

Bolsonaro diz que auxílio emergencial deverá ter quarta parcela

Bolsonaro diz que auxílio emergencial deverá ter quarta parcelaO presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (28), que o governo deve propor uma quarta parcela do auxílio emergencial, atualmente em R$ 600, mas que o valor ainda está em estudo pelo governo, que poderá reduzi-lo. O presidente realizou a conhecida live em suas redes sociais.

"Nós já estudamos uma quarta parcela com o Paulo Guedes. Está definindo o valor, para ter uma transição gradativa e que a gente espera que a economia volte a funcionar", afirmou Bolsonaro.

O auxílio emergencial prevê o pagamento de três parcelas de R$ 600 para trabalhadores informais, integrantes do Bolsa Família e pessoas de baixa renda. De acordo com a Caixa Econômica Federal, cerca de 59 milhões de pessoas já receberam o benefício. Cada parcela do auxílio emergencial custa aos cofres públicas cerca de R$ 48 bilhões, de acordo com a Agência Brasil.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a permanência por mais tempo do pagamento do auxílio emergencial, mantendo-se o valor de R$ 600.

Bolsonaro disse que, após a pandemia da covid-19, uma das prioridades do governo, na área econômica, será a retomada do projeto da chamada Carteira de Trabalho Verde e Amarela, programa do governo que flexibiliza direitos trabalhistas como forma de facilitar novas contratações. Segundo o presidente, o assunto está sendo tratado com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

"O Paulo Guedes quer dar uma flexibilizada para facilitar a empregabilidade. A gente vai precisar disso, não adianta falar que tem todos o direitos e não ter emprego pela frente. Só tem uma maneira: desonerar, descomplicar, simplificar a questão trabalhista", afirmou.

A Medida Provisória 905, que criou o Programa Verde Amarelo, para facilitar a contratação de jovens entre 18 a 29 anos, perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso, em abril.

Para as privatizações de estatais, o presidente revelou que o governo esperar avançar com essa agenda após o fim da pandemia, mas ressaltou as dificuldades para aprovação no Parlamento.

"Estamos sim buscando privatizar muita coisa, mas não é fácil. Tem empresas que obrigatoriamente passam pelo Congresso, vai ter reação", disse. Uma das empresas que Bolsonaro disse que será privatizada são os Correios.

Apesar de querer acelerar as privatizações, o presidente afirmou que algumas estatais, consideradas estratégicas, não vão ser vendidas, e citou nominalmente os casos do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, o "núcleo" da Petrobras e a Casa da Moeda.

Itapetinga: Azaleia demite 600 funcionários de fábrica de calçados

Itapetinga: Azaleia demite 600 funcionários de fábrica de calçadosEm torno de 600 funcionários de uma fábrica da Azaleia em Itapetinga, no Médio Sudoeste, devem ser demitidos. As dispensas devem começar nesta sexta-feira (29). 

Segundo informou o Sindicato dos Calçados de Itapetinga à TV Sudoeste, o motivo principal alegado para as demissões são custos no transporte dos funcionários que moram em outras cidades da região, como Macaraní, Itambé, Itororó, Firmino Alves e Caatiba.

O sindicato ainda afirmou que a empresa negociou as dispensas e disse que vai pagar direitos trabalhistas aos funcionários demitidos. Ainda segundo a representação sindical, um acordo coletivo prevê que serão mantidos os empregos de trabalhadores que queiram residir em Itapetinga ou ir ao trabalho arcando com os custos do transporte. Nestes casos, a empresa também destinaria um ajuda de custo mensal de R$ 140 durante seis meses.

Em nota, a Vulcabras Azaleia confirmou os desligamentos. “Não é segredo que a pandemia está atingindo forte e negativamente a economia e o setor de calçados”, diz trecho da nota.