Apesar de ter determinado o afastamento imediato do governador Wilson Witzel (PSC), o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de prisão de Witzel, feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A ação ocorre no âmbito da operação Tris in Idem, deflagrada na manhã desta sexta-feira (28), em meio a investigações sobre desvios na Saúde.
O pedido de prisão foi revelado pelo GloboNews em Ponto, ao contar que a PGR argumentou que haviam questões já comprovadas em outras operações, como os pagamentos feitos pela empresa do empresário Mário Peixoto ao escritório da primeira-dama Helena Witzel.
Segundo o jornal O Globo, para embasar o pedido, a PGR citou a apreensão de um e-mail escrito pelo governador, com orientações para que os interessados no negócio redigissem o contrato com o escritório de Helena. Além disso, o órgão apontou a existência de suspeitas de obstrução da investigação. Uma testemunha disse aos investigadores que Witzel teria determinado uma operação de espionagem contra os procuradores que o investigam.
De acordo com o jornal, o titular da PGR, Augusto Aras, tomou conhecimento disso e a equipe ficou "estarrecida". Diante desse cenário, os procuradores concluíram que era necessário afastar Witzel para prosseguir com as investigações.
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