A Polícia Militar da Bahia não descarta uma greve para este ano por conta do anúncio do governador Jaques Wagner de percentual baixo para reajuste dos servidores públicos estaduais e a possibilidade deste não ser retroativo a janeiro de 2013. Este foi apenas um dos assuntos discutidos durante a assembleia organizada pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia – Força Invicta (AOPMBA), no Hotel Sol Bahia, em Patamares.
Estiveram na pauta ainda outras reivindicações da classe: promoções, isonomia salarial, além de pensar um novo modelo para a PM. À boca miúda, já se fala em um reajuste de 5,84%, que cobriria apenas a inflação oficial.
Além do índice considerado baixo, o tenente-coronel Edmílson Tavares Santos, presidente da AOPMBA, diz que o “burburinho” que começou sobre a possibilidade do reajuste não ser retroativo, considerando que a data-base é janeiro, já seria motivo para greve dos servidores estaduais. “O reajuste é constitucional e isso causa um ruído entre as associações e o governo”, pondera o tenente-coronel.
Ele também não descarta a possibilidade do governo parcelar o aumento, caso não tenha recursos para bancar todo o saldo retroativo. Tavares ressalta que nada está sendo discutido com as classes: “Nós já dissemos várias vezes que não somos favoráveis à greve. Mas parece que o governo só entende essa linguagem.”
Ele lembra que a PM é proibida de fazer greve por lei, mas questiona: “Então, qual é o caminho? A Justiça não julga em tempo hábil e o Estado não demonstra vontade de resolver”. Edmilson garante que a assembleia serviu para começar uma mobilização mas ainda não prevê data para uma possível greve.
As discussões serão levadas para o comando geral da Polícia Militar da Bahia e para o secretário de Segurança Pública Maurício Tavares
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