sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Alunos fazem quebra-quebra dentro de escolas no RS e Brasília

Você vai ver agora dois casos de quebra-quebra, agressão dentro da sala de aula, na presença de professores. Um deles foi em uma escola pública de Brasília. São flagrantes frequentes e que acabam afastando os professores das escolas.
Os dois flagrantes levam a questões importantes para se discutir nas escolas e também em casa. Como dar limites para os adolescentes? Qual o papel dos pais? E dos professores? Os casos aconteceram em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e em Recanto das Emas, cidade próxima a Brasília.
O vídeo mostra o momento da destruição. O aluno ainda arrasta a cadeira. Tudo isso diante do professor. O jovem de 15 anos tentou justificar o que fez: disse que caiu ao se sentar e ficou irritado porque todo mundo riu. Ele recebeu uma advertência por escrito e suspensão de três dias.
“As atividades que ele faria nesses três dias na escola, ele fará em casa, que foram as orientações passadas inclusive pelos professores”, explica a coordenadora regional Edileuza da Silva.
Segundo a educadora responsável pelas escolas da região, o aluno é repetente, já passou por vários colégios. Os pais do adolescente foram chamados para uma conversa e se disseram surpresos com o comportamento do filho em sala de aula.
Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, outra cena. Uma menina arremessa uma tábua de madeira na pilha de carteiras. Em seguida, outro jovem chuta os móveis. O grupo empurra e lança cadeiras para o alto. A ação dura mais de um minuto. Os cinco estudantes foram suspensos.
“Os alunos reconheceram que erraram. Começaram com uma brincadeira, mas reconheceram o erro”, diz a vice-diretora da escola.
A atitude dos alunos chocou esta mãe, que não quer se identificar. “Como que aconteceu isso? Onde estavam os professores?”, pergunta ela.
Professores afirmam que a escola sozinha não dá conta de educar. Muitos se sentem pressionados por pais superprotetores e alunos agressivos.
“Eles começam pequenininhos, dando chute na canela da gente, puxando os cabelos, outros não querem entrar na sala, outros a mãe fica vigiando e quando ela ofende a gente em sala de aula, eles também se sentem no direito de ofender”, conta a professora Luciana de Almeida.
A psicanalista Thais Sarmanho, doutora em Educação, diz que aluno precisa de limite. De alguém que dê exemplo. Os professores devem ter postura de autoridade. “Eu acho que o professor perdeu a autoridade, não só o professor. É maior, é social, uma crise de autoridade. É preciso reinventar a autoridade”, explica.

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