segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Casal é preso no Recife sob suspeita de praticar pirâmide financeira

Um casal, sócio da empresa de marketing digital Priples, foi preso neste sábado (3), no Recife (PE), suspeito da prática de esquema de pirâmide financeira.

O estudante de ciência da computação Henrique Maciel Carmo de Lima, 26, e a mulher dele, a enfermeira Mirele Pacheco de Freitas, 22, foram presos em casa.

A Polícia Civil afirma que eles cometeram crime contra a economia popular e contra a ordem econômica e relações de consumo e podem ser condenados, cada um, a até nove anos de prisão pelos crimes.

O inquérito deve ser concluído em dez dias. A polícia diz que o casal ainda pode ser indiciado por suspeita de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Segundo a polícia, a empresa prometia rentabilidade diária de 2% sobre o valor inicial investido por cada um dos 209.933 clientes que a Priples indicava ter até o final da tarde deste domingo (4).

Na ilusão de obter altos lucros rapidamente, cada cliente se cadastrava, investindo de R$ 100 a R$ 10 mil e tinha a missão de atrair novos clientes.

Dessa maneira, a polícia entendeu que o lucro da empresa vinha de cada novo cadastro, e não de venda de produtos, configurando a prática de pirâmide financeira.

A empresa foi criada em abril deste ano e, de acordo com a Polícia Civil, atuava no mercado financeiro sem autorização da Receita Federal e do Banco Central.

O casal teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco. 

Três carros importados, um quadriculo e US$ 300 mil foram apreendidos na casa de Henrique e Mirele.

O patrimônio da empresa e as contas correntes da Priples e de seus sócios foram bloqueados. O dinheiro deve ser utilizado para ressarcir eventuais prejudicados.

A reportagem não conseguiu localizar advogados dos suspeitos neste domingo (4). Advogados da Priples negaram à TV Globo que a empresa promova pirâmide financeira e afirmaram que os sócios estavam colaborando com a investigação da polícia.

Nesta segunda-feira (5), os advogados devem tentar revogar a decisão da Justiça. Se não conseguirem, entrarão com um pedido de habeas corpus.

Henrique Lima foi encaminhado ao Cotel (Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna), ainda no sábado. Mirele Freitas foi levada à Colônia Penal Feminina.

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