Um laudo produzido nos Estados Unidos pelo Instituto de Engenharia Biomédica da George Washington University aponta que as marcas nos pescoço da menina Isabella Nardoni, morta em 2008, "não são de mãos humanas".
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (8) pelo criminalista Roberto Podval, que defende Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte da menina. O pedido para a realização do novo exame partiu do defensor.
Em março de 2010, Alexandre Nardoni foi condenado na primeira instância da Justiça de São Paulo a 31 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão, e Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, a 26 anos e 8 meses de reclusão. A menina de 5 anos foi encontrada morta no jardim do Edifício London, em 29 de março de 2008.
Até a manhã desta quinta, Podval disse ter tido acesso apenas a um resumo do laudo. "Haverá uma apresentação ainda hoje e terei acesso à íntegra do material. O que já posso afirmar por enquanto é que está comprovado que as marcas [no pescoço de Isabella] não são sequer de mãos humanas, quanto mais das mãos de Anna Carolina ou Alexandre, como diz a acusação", afirmou o advogado ao G1. O laudo de 65 páginas foi produzido pela equipe do pesquisador James K. Hahn.
Para a realização do novo laudo, de acordo com Podval, foram usadas fotos e até mesmo moldes feitos das mãos de Alexandre e Anna Carolina. Os moldes seriam usados para a suposta definição de quem seria o responsável pelas marcas que seriam de esganadura, segundo a acusação. Eles sequer foram usados porque, segundo Podval, as marcas não são de mãos humanas. "O laudo não diz o que pode ter causado essas marcas", afirma. O laudo não encontrou marcas de polegar no pescoço da garota, segundo mostrou o SPTV desta quinta.
Questionado sobre as medidas que serão tomadas pela defesa de Alexandre e da Anna Carolina, Podval afirmou que ainda avalia "as melhores medidas jurídicas para o caso, mas certamente, vamos usar esse novo material na defesa do Alexandre e da Anna Carolina", disse o defensor, por telefone, dos Estados Unidos.
A advogada Cristina Christo, que representa Ana Carolina de Oliveira, mãe da menina Isabella, foi procurada pela reportagem do G1 e disse que ambas preferem não se pronunciar sobre o laudo por desconhecer seu conteúdo e as circunstâncias em que foi produzido.
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