O piloto da TAM Ronuro Mazaruni, de 63 anos, que passou mal durante uma viagem do Rio de Janeiro para Paris, na última terça-feira (6), morreu na noite dessa quinta-feira (8), de acordo com informações do cardiologista Roque Aras, um dos médicos da equipe que assistia o paciente.
O médico informou que o comandante sofria de problemas cardíacos e que morreu após uma complicação em seu quadro. Depois de passar mal, o piloto foi socorrido por uma equipe de primeiros socorros do aeroporto de Salvador. Ele foi levado de ambulância até o Hospital Aeroporto, em Lauro de Freitas (região metropolitana da capital baiana), onde morreu.
Na quinta, a unidade médica divulgou um comunicado informando que o estado de saúde do paciente era gravíssimo, com suspeita de morte cerebral. O piloto respirava com a ajuda de aparelhos e foi sedado para manter a pressão sanguínea. A assessoria do Hospital Aeroporto informou que o corpo foi removido do local no início da manhã desta sexta (9).
Procurada pelo UOL, a assessoria da companhia aérea afirmou que, a pedido dos familiares, não irá se pronunciar sobre a morte do piloto até segunda ordem. Os 136 passageiros do voo JJ8054 da TAM seguiram viagem para Paris ainda na terça em um novo voo, quase 12h depois de pousar na Bahia.
Protesto e homenagem
As primeiras informações sobre o estado de saúde do aviador foram dadas pelo site Fórum Contato Radar, especializado em aviação. Os colegas de Mazaruni lamentaram o ocorrido e afirmaram que muitos profissionais da TAM estão trabalhando sob pressão, sobretudo após a demissão de vários colegas. A companhia, que passa por uma reestruturação financeira, demitiu recentemente mil empregados.
Na tarde da última quarta-feira (7), mais de 300 aeronautas de todas as companhias aéreas brasileiras marcharam pela avenida Washington Luís em direção ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Com o apoio do Sindicato Nacional dos Aeronautas, os trabalhadores protestaram por melhores condições de trabalho para o setor. A manifestação também alertou para os problemas como segurança de voo, o alto custo do combustível das aeronaves, a transferência de rotas e a entradas de empresas estrangeiras.
Já dentro do saguão principal do aeroporto, os profissionais deram as mãos e fizeram um minuto de silêncio em respeito ao estado de saúde do comandante Mazaruni. Em seguida cantaram o Hino Nacional.
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