O Ministério do Desenvolvimento Agrário inicia nesta quinta-feira (8) a etapa de campo do curso Políticas Públicas de Comercialização Voltadas para Fortalecimento da Agricultura Familiar e Segurança Alimentar e Nutricional – o Caso Brasileiro. A ação levará representantes de 20 países para uma visita a três empreendimentos no interior da Bahia para conhecer, na prática, o funcionamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os participantes do curso terão a oportunidade de conhecer tanto a situação de empreendimentos, quanto a das associações que são beneficiárias do PAA.
Coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e executado pelo MDA, Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o curso conta com representantes de Cabo Verde, Camarões, Colômbia, Egito, Equador, Guiné, Guiné-Bissau, Honduras, Líbano, Maldivas, México, Peru, Congo, São Cristóvão e Neves, São Tomé e Príncipe, Senegal, Suriname, Tanzânia, Tunísia e Zimbábue.
O delegado do ministério na Bahia, Welliton Hassegawa, destacou que a visita da delegação estrangeira ao estado é resultado da política de relações internacionais desenvolvida pelo MDA. “Estamos trocando experiências em sua iniciativa de cooperação Sul-Sul, onde valorizamos as relações com países com condições similares à brasileira”, afirmou. “Os empreendimentos que serão visitados estão sendo atendidos por um conjunto de políticas públicas, como o acesso ao crédito, assistência técnica e garantia de comercialização. Essas políticas têm ajudado a fortalecer e dinamizar a agricultura familiar na Bahia e em todo o país”, enumerou.
Nesta data, os participantes irão visitar a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), no município de Uauá. Lá, terão a oportunidade de conhecer como a cooperativa está atuando para comercialização, por meio do PAA, na modalidade formação de estoque.
Já nesta sexta-feira (9), serão realizadas visitas a duas associações de produtores da agricultura familiar. A manhã começa com a visita à Associação Comunitária da Região da Onça (Ascron), que articula, desde 1987, mais de cem famílias de agricultores do município de Conceição do Coité. A vice-presidenta da Ascron, Maria da Natividade, salienta que a associação opera pelo programa desde 2009. “A chegada do PAA foi uma bênção para os produtores do nosso município. Antes, faltava a garantia de vender a produção, mas isso agora mudou e nossa vida está muito melhor”, afirma. A agricultora destaca ainda que quase 300 agricultores familiares na associação são beneficiados pelo programa federal.
Neste sábado (10), os participantes irão conferir o trabalho desenvolvido pela Associação Comunitária Bastianense, que articula 180 empreendimentos da agricultura familiar no município de Retirolândia. Para a tesoureira da associação, Jaiza Oliveira, é uma grande honra apresentar o trabalho da entidade para a delegação estrangeira. Ela destaca que programas como o PAA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) valorizam o papel da agricultura familiar. “O PAA tem ajudado muito a garantir uma renda fixa para os agricultores aqui da associação, ao mesmo tempo que tem contribuindo para afirmar o valor do agricultor familiar. Um outra coisa que é importante é que agora os jovens veem no campo uma boa oportunidade de vida no campo”, conta.
Sobre o curso
O curso Políticas Públicas de Comercialização Voltadas para Fortalecimento da Agricultura Familiar e Segurança Alimentar e Nutricional – o Caso Brasileiro está apresentando a solução brasileira na construção de programas e políticas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar e segurança alimentar e nutricional.
Os programas e as políticas que estão sendo apresentados têm como foco o fortalecimento da agricultura familiar e dos povos e comunidades tradicionais, o direito humano à alimentação segura e adequada, o desenvolvimento local sustentável, a soberania alimentar e a igualdade de gênero. Contempla também as ações desenvolvidas pelo governo brasileiro nas áreas de agricultura de base agroecológica, aquisição de alimentos para o mercado institucional e formação de estoques públicos.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário
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