segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Procuradoria-geral da República reafirma que Toffoli foi citado em delação da OAS

A Procuradoria Geral da República (PGR), em nota, afirmou que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi citado pelo empreiteiro Leo Pinheiro, durante as negociações de delação premiada, ao contrário do que havia sido dito pelo atual procurador-geral, Rodrigo Janot. 

Procuradoria-geral da República reafirma que Toffoli foi citado em delação da OASEm uma reportagem publicada no último sábado (27) pela revista Veja, a assessoria de imprensa do órgão disse que, "durante as negociações do acordo da OAS, foram discutidos fatos a respeito do ministro Toffoli. O procurador-geral da República não disse em momento algum que o anexo não existia”. Ainda em nota, a Procuradoria afirmou que Janot “apenas ressaltou que a empreiteira formalizou o capítulo publicado pela revista, conforme apresentado durante as negociações”. “Quando o procurador falou em 'estelionato delacional', estava se referindo ao vazamento ilegal. 

O acordo foi cancelado por quebra de confiança", finalizou a assessoria do órgao. Na última sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Rodrigo Janot disse que o tema não tinha sido tratado. “Reafirmo que não houve nas negociações ou pretensas negociações de colaboração com essa empreiteira nenhuma referência, nenhum anexo, nenhum fato enviado ao Ministério Público que envolvesse essa alta autoridade judiciária [Toffoli]”. “Posso afirmar peremptoriamente que esse fato não foi trazido ao conhecimento do Ministério Público. 

Esse pretenso anexo jamais ingressou em qualquer dependência do Ministério Público, portanto, de vazamento não se trata”, disse Janot, que anulou as negociações entre o delator e a PGR. O empreiteiro teria sugerido uma companhia a Toffoli, ao ser consultado pelo ministro sobre problemas em sua casa, em Brasília. 

A revista não fazia menção a serviço prestado ao magistrado. Toffoli, nos últimos tempos, decidiu questões que desagradaram procuradores da Lava Jato, por ter, por exemplo, concedido habeas corpus ao ex-ministro Paulo Bernardo.

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