sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Em liminar, Justiça do Trabalho determina que Gol reintegre funcionários da Webjet


 Em decisão liminar, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio de Janeiro determinou nesta sexta-feira (7) que a Gol Linhas Aéreas reintegre os mais de 850 funcionários que eram da Webjet e foram demitidos da companhia aérea no final de novembro.

A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro e determina que a Gol mantenha os funcionários da Webjet em seus quadros até que seja julgado o mérito da ação que contesta as demissões.


 A Gol anunciou em 23 de novembro o fim das atividades da Webjet, comprada pela empresa em julho de 2011. No mesmo dia, a companhia anunciou a demissão dos funcionários da tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves.


A Gol concluiu a compra da WebJet em outubro de 2011, por R$ 70 milhões, além de ter assumido dívidas de cerca de R$ 200 milhões. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão das duas empresas em outubro

 "Modelo de negócio deixou de ser competitivo"

Em nota divulgada no dia do anúncio do fim da Webjet, a Gol afirma que o modelo de negócios da Webjet deixou de ser competitivo com a alta nos preços do combustível e o elevado consumo dos aviões que eram utilizados pela empresa.
"A Webjet possui um modelo de operação com base em uma frota composta majoritariamente por aviões modelo Boeing 737-300, de idade média elevada, alto consumo de combustível e defasagem tecnológica. Esse modelo deixou de ser competitivo", disse a Gol em fato relevante.
Segundo o diretor-presidente da Gol, Paulo Kakinoff, com o recente aumento nos preços, o combustível passou a representar 46% dos custos totais da Gol.
Com o encerramento da Webjet, os seis Boeings-737/300 da empresa pararam de voar. Segundo a Gol, "os clientes e passageiros da Webjet serão integralmente assistidos pela empresa, e terão seus voos garantidos."

Cerca de 3.000 demitidos em 2012

Após o corte de quase 3.000 funcionários desde o início do processo de fusão entre as duas empresas, a Gol não prevê novas demissões. Além dos 850 funcionários anunciados nesta sexta-feira, outros 2.000 já tinham sido desligados da empresa neste ano.
"Agora, com a nova estrutura, incluindo desligamento desses 850 colaboradores, nossa estrutura ficará estável em torno de 17 mil colaboradores", afirmou Kakinoff, em teleconferência.
Segundo o executivo, a maioria dos demitidos são membros de tripulação. A Gol irá absorver 450 funcionários da WebJet que atuam principalmente nos aeroportos.


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