Investigada por suspeita de pirâmide financeira, a empresa BBom foi alvo de uma nova medida judicial. De acordo o Ministério Público Federal em Goiás(MPF-GO), a companhia tentou desviar dinheiro para outra companhia “laranja”, mas a ação foi impedida por uma liminar da Justiça. O esquema, segundo o MPF, teria sido idealizado e executado pela diretoria administrativa da Embrasystem, detentora do nome fantasia BBom. A empresa “laranja” foi batizada como Webcard Administradora de Cartões Ltda. e transferiu R$ 8,6 milhões para outra companhia, lícita, que emitiria e administraria os pré-pagos “Cartões BBom”.
Estes seriam destinados a associados do grupo para o recebimento de rendimentos obtidos com a adesão de novos integrantes. Ao descobrir a transferência, o MPF entrou com um pedido de liminar para que o dinheiro fosse bloqueado. O juiz federal Juliano Taveira Bernardes aceitou a medida no último dia 10. Com isso, os R$ 8,6 milhões foram depositados em uma conta judicial e somam-se aos outros bens da empresa que estão congelados. Essa é a segunda vez que a BBom é acusada de usar um “laranja” para tentar movimentar os bens.
Em julho passado a empresa tentou sacar cerca de R$ 2,5 milhões, segundo o MPF. De acordo com o órgão, o valor foi transferido para a conta bancária de Cristina Dutra Bispo, esposa do diretor de marketing da companhia, Ednaldo Alves Bispo. No entanto, uma ação judicial impediu o saque. Na ocasião, a BBom explicou que o executivo Ednaldo Alves Bispo e sua esposa trabalham para a empresa e “têm remuneração definida sob a forma de contrato de prestação de serviços, com firma reconhecida desde o início das atividades”. Em relação ao valor depositado na conta da mulher, a empresa garante que o dinheiro “pertence ao casal, que possui conta corrente conjunta”.
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