quarta-feira, 18 de abril de 2012

CPI do Cachoeira será instalada nesta quinta-feira no Congresso


As mesas do Senado e da Câmara já começaram a conferir as assinaturas dos parlamentares no requerimento que pede a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema criado pelo empresário do ramo de jogos Carlinhos Cachoeira. Conferidas as assinaturas, o documento já poderá ser lido no plenário do Congresso –ato que formaliza a criação da comissão. A previsão do Congresso é que a sessão ocorra nesta quinta-feira (19).


A comissão vai investigar os negócios de Cachoeira com parlamentares, autoridades e empresas públicas e privadas. Cachoeira foi preso em fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O empresário, que estava no presídio federal de Mossoró (RN), foi transferido hoje para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.


A leitura deve acontecer em sessão extraordinária presidida pela deputada Rose de Freitas (PMDB-ES). Vice-presidente do Congresso, ela deverá substituir o senador José Sarney (PMDB-AP), que está licenciado após fazer uma angioplastia no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Rose de Freitas disse que deve se reunir nesta quarta-feira (18) com os líderes partidários para tratar da convocação da sessão conjunta do Senado e da Câmara. Segundo a deputada, a expectativa é de que a conferência das assinaturas seja concluída ainda hoje.
“Líderes de vários partidos pediram para que a sessão do Congresso seja realizada logo após essa conferência”, disse Freitas ao chegar à Câmara. Ela afirmou que, como existe consenso entre os partidos, não há porque adiar o começo dos trabalhos. Porém, ela destacou que é preciso que os líderes partidários coloquem em prática o discurso de apoio e façam com que a Casa tenha quórum suficiente amanhã.
O requerimento para a criação da CPMI foi protocolado na noite de ontem, com a assinatura de mais de 340 deputados e 67 senadores –o número mínimo necessário era de 171 deputados e 27 senadores.


O número de apoiadores pode ser alterado até a meia-noite do dia em que for feita a leitura do requerimento em plenário. Até essa data, os parlamentares podem assinar ou retirar suas assinaturas do documento. Se for mantido o mínimo de 198 assinaturas, a CPI é oficialmente criada.
A partir daí, os partidos têm cinco dias para indicar 15 senadores e 15 deputados --e um número igual de suplentes– para a comissão, respeitando a proporcionalidade partidária nas duas Casas. Do total de 30 titulares, a oposição tem direito a sete vagas.
Se a CPI for criada amanhã, os parlamentares pretendem iniciar os trabalhos já na terça-feira (24). Na primeira reunião, deverão ser definidos o presidente e o relator do caso. A comissão tem o prazo de seis meses para concluir seus trabalhos, com possibilidade de ser prorrogada. 
Segundo a Constituição, uma CPI tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e pode, por exemplo, ouvir testemunhas, investigados e indiciados, requisitar informações e documentos sigilosos a instituições financeiras, além de quebrar os sigilos bancário, fiscal e de dados. Ao término das investigações, as conclusões devem ser encaminhadas ao Ministério Público. (Com agências Senado e Câmara)

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