A Caixa Econômica Federal atingiu lucro de R$ 5,2 bilhões em 2011, com avanço de 37,7% em relação ao exercício de 2010 e tornando-se a entidade financeira que apresentou o maior crescimento percentualmente no ano passado, puxado principalmente pelo crédito habitacional, especialmente no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida.
No último trimestre, o lucro foi de R$ 1,6 bilhão, 20% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Em 2011, o saldo da carteira de crédito apresentou evolução de 42%, totalizando R$ 249,5 bilhões. Os dados do balanço de 2011 foram divulgados nesta terça-feira (7), pelo presidente da instituição, Jorge Hereda.
Somente no último trimestre do ano os saldos foram ampliados em cerca de 10%.As rendas de prestação de serviços encerraram o ano com R$ 12,6 bilhões, crescimento de 20,7% em comparação ao registrado em 2010, alavancadas pela expansão da base de clientes e das transações bancárias.
Como parceira do Estado brasileiro na execução das políticas públicas, a Caixa esteve à frente dos principais programas do governo federal, como o Programa Minha Casa, Minha Vida, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Bolsa Família.
No âmbito do Minha Casa, Minha Vida 2, a Caixa realizou contratos no total de R$ 32,1 bilhões, que devem beneficiar a aproximadamente 1,7 milhão de pessoas. No ano, a instituição foi responsável ainda pela distribuição de 312,5 milhões de benefícios sociais ao trabalhador, totalizando R$ 156,2 bilhões.
No PAC, o valor dos investimentos contratados relativos a repasses e financiamentos atingiu o volume de R$ 91,4 bilhões. A instituição bateu vários recordes no ano, se consolidando como um dos maiores bancos do país e o maior banco público da América Latina.
Os ativos administrados atingiram a marca histórica de R$ 1 trilhão, dos quais R$ 510 bilhões são ativos próprios. O patrimônio líquido consolidado atingiu R$ 19,6 bilhões em dezembro de 2011, evolução de 26,7% em 12 meses, e obteve retorno de 29,6% no ano.
O patrimônio de referência era de R$ 39,5 bilhões, enquanto o Índice de Basiléia alcançou 13,35%, superior aos 11% exigidos pelo Banco Central do Brasil.
Também foi destaque a presença do banco no País, atingindo 100% dos municípios, com 44,6 mil pontos de atendimento.
Carteira de crédito comercial
Ao final de 2011, a carteira de crédito comercial da Caixa apresentava saldo de R$ 79,3 bilhões, evolução de 43% em 12 meses. As operações destinadas às pessoas físicas totalizaram R$ 35 bilhões e às pessoas jurídicas eram de R$ 44,3 bilhões, crescimento de 30% e 55,2%, respectivamente.
O banco mantém como política atuar com as taxas mais baixas do mercado e, durante o ano, reduziu em diversas oportunidades as suas taxas de juros. Também criou produtos para pessoas jurídicas de diversos portes e simplificou processos de concessão.
Para empreendedores formais e informais com faturamento anual de até R$ 120 mil, foi oferecido apoiou à estruturação do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado, lançado em agosto de 2011.Estas inovações contribuíram para o avanço das contratações. No ano, os contratos comerciais com pessoas físicas somaram R$ 59,8 bilhões, evolução de 26,8%.
Já os realizados com pessoas jurídicas encerraram o período com volume de R$ 65,7 bilhões, 19,3% a mais do que em 2010. Como apoiadora das empresas brasileiras no comércio internacional, a instituição realizou transações em operações de câmbio e capital de giro para financiamento à produção e apoio ao comércio exterior brasileiro no valor de R$ 4 bilhões, quase o dobro em relação ao realizado no ano anterior.
Carteira imobiliária
A carteira imobiliária apresentou saldo de R$ 152,9 bilhões em dezembro de 2011, aumento de 41,1% em relação ao registrado no ano anterior. As operações com recursos da poupança somaram R$ 79,3 bilhões e, nas linhas que utilizam os recursos do FGTS, a Caixa alcançou R$ 73,4 bilhões, crescimentos respectivos de 39,3% e 43,5%.
Foram liberados R$ 80,1 bilhões para habitação, valor 5,5% superior ao contratado em 2010. Os financiamentos tiveram crescimento de 15,7% no total de R$ 67,8 bilhões, dos quais R$ 36,4 bilhões foram realizados com recursos da poupança (SBPE) e R$ 31,3 bilhões com linhas que utilizam o FGTS.
Além disso, foram destinados R$ 7,5 bilhões para subsídios e R$ 4,9 bilhões em arrendamentos residenciais e repasses.
Número de clientes
Até novembro, a empresa alcançou 58 milhões de clientes, entre correntistas e poupadores, um crescimento de 9,6% em relação a dezembro de 2010. No ano, ampliou em 16,4% a quantidade de contas correntes, totalizando 19,1 milhões, das quais 1,3 milhão destinavam-se às pessoas jurídicas e 17,8 milhões às pessoas físicas, sendo 8,7 milhões de contas Caixa Fácil.
O aumento no número de contas foi acompanhado pela expansão da captação de recursos. Os depósitos totais somaram R$ 259,8 bilhões no final do exercício, crescimento de 20,7% em 12 meses. Destes, R$ 22,9 bilhões eram depósitos à vista.
Fonte: Caixa Econômica Federal
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