sexta-feira, 13 de abril de 2012

JN no ar faz reportagem sobre lixão de Itabuna e visita aeroporto


Apesar de apresentar um quadro horrível, a reportagem do JN no Ar, exibida ontem, no Jornal Nacional, nem de perto traduziu o que realmente é o lixão de Itabuna - não apenas o lixão, como toda a questão do lixo no município.
O 'caos gerenciado' que o JN mostrou, com o secretário José Alencar tentando emplacar uma definição de 'meio aterro santiário', era o tempo todo denunciado por imagens de trabalhadores disputando os melhores espaços para 'reciclar' o que caía dos caminhões.
Mas, normalmente, a coisa lá é muito, mas muito mais complicada. A reportagem não mostrou, por exemplo, uma menor de 16 anos trabalhando no local, assim como não contou nada sobre as dezenas de crianças que ali trabalham, normalmente. Nem como denúncia, já que os meninos e meninas desaparecerm, como num passe de mágica.
Ninguém falaria sobre isso. Nem os urubus, testemunhas diárias dessa tragédia itabunense, que ontem se fartaram sem a concorrência dos pequenos. Mas, enfim, na ânsia de mostrar um 'lixão do bem', a prefeitura não se preocupou em parar o chorume, que corre para o rio Cachoeira, e até se esqueceu de seu outro telhado de vidro, que é o Aeroporto Tertuliano Guedes de Pinho.
Lá, são depositados os entulhos do canal da Amélia Amado. Embora tenha se feito de surpreso, o município é quem autoriza a entrada dos caminhões na pista do aeroporto. É um órgão municipal, onde funciona, inclusive, uma secretaria, a de Transporte e Trânsito. Perguntem aos urubus.

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