quarta-feira, 17 de abril de 2013

Dono de terreiro acusa funcionária de lanchonete de intolerância religiosa


De acordo com o advogado da vítima, Vivaldo Amaral, a mulher admitiu, em depoimento a polícia, ter sido intolerante com a religião de Ricardo.


Nesta terça-feira (16) foram ouvidos os envolvidos no caso de intolerância religiosa entre um praticante do candomblé e a funcionária de uma lanchonete de Lauro de Freitas. De acordo com o advogado da vítima, Vivaldo Amaral, a mulher admitiu, em depoimento, ter sido intolerante com a religião de Tata Ricardo. Helinelson Santana, advogado da funcionária, disse à TV Bahia que a funcionária somente usou uma saudação comum para os evangélicos.


Tatá Ricardo prestou depoimento hoje na 27ª delegacia - Tata Ricardo, dono de um terreiro que fica entre o pedágio e a via parafuso, em Camaçari, denunciou a funcionária após se sentir desrespeitado por conta da sua religião. Eles prestaram depoimento na 27 ª Delegacia de Polícia (Lauro de Freitas) e um termo circunstanciado foi encaminhado para a Justiça.
Entenda o caso - No último sábado (13), um homem discutiu com uma funcionária da lanchonete Casa do Pão de Queijo, situada dentro do Bompreço do bairro de Portão, em Lauro de Freitas. Papa Ricardo, que é sacerdote do candomblé e anda caracterizado com trajes típicos da religião, foi até o local para fazer um lanche com uma filha de santo, que ouviu da funcionária "Jesus te ama e quer salvar sua alma de Satanás".

"Eu disse a ela que ela não poderia fazer aquilo com a gente. A gente tava na condição de cliente, qualquer cidadão não deve ter sua fé desmerecida. Quando a polícia chegou ela confessou aos policiais, ela disse que fez e disse que continuará fazendo isso", disse à TV Bahia Papa Ricardo.
Tata Ricardo retribuiu com a frase “Oxalá também te ama”, o que causou revolta na mulher. “Satanás está repreendido!”, retrucou a acusada.
Após discutirem no local, Tapa Ricardo chamou a polícia, alegando intolerância religiosa. Uma viatura foi enviada até o local e os policiais encaminharam os dois para a delegacia. 
Por conta do fato, hoje pela manhã várias pessoas ligadas ao candomblé protestaram em frente à delegacia.

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